TERRAPLENAGEM E PAVIMENTAÇÃO
Conheça os serviços que desenvolvemos e oferecemos para seu segmento

TERRAPLENAGEM E PAVIMENTAÇÃO


A Terraplenagem compreende aos serviços de movimento de terra. A partir de um levantamento planialtimétrico da área, também chamado de “primitivo”, desenvolve-se o projeto de corte e aterro, tecnicamente chamado de “notas de serviços”, gerando o projeto executivo, sendo possível identificar em projeto e calcular, pela diferença entre o traçado do projeto executivo e o traçado primitivo, os volumes que resultarão em corte e aterro em determinado trecho. Além de definir o caimento (declive) constante de um determinado trecho longitudinal, criando uma condição de melhor conforto e segurança de tráfego para o usuário, com isso também um aspecto visual agradável e um comportamento satisfatório para o escoamento das águas pluviais. Há ainda a necessidade de definir o caimento transversal de cada rua.

O projeto de terraplenagem, ao nosso entender, é o precursor de todos os demais projetos, pois a partir do projeto executivo, é que poderemos realmente elaborar e executar todos os demais projetos, de água, esgoto e drenagem. Desta forama, somente conhecendo as cotas do sistema viário acabado, é que se faz possível estabelecermos as profundidades das redes de água, esgoto e drenagem, obedecendo as normas técnicas, bem como as boas práticas das concessionárias locais.

Na execução da terraplenagem, outro ponto importante é  acompanhar o serviço de laboratório para o acompanhamento da obra e realização dos ensaios, principalmente quanto a umidade do solo e o grau de compactação do trecho, previamente já havendo os ensaios de caracterização do solo e correspondente aprovação do material. O grau de compactação conforme estabelecido em projeto é atingido com uma “umidade ótima”, e o acompanhamento do atendimento destes parâmetros garante a boa qualidade do pavimento, que deve ser implantado sob uma camada devidamente compactada, evitando problemas de deflexão do pavimento.

Ainda sobre as “notas de serviço”, a COBI ENGENHARIA, nas obras em que também é responsável pelo projeto de terraplenagem, além da sua execução, recomenda que o sistema viário tenha caimento longitudinal mínimo de 1,5% e transversal de 3,0%. O primeiro parâmetro garante que as águas pluviais tenham um bom escoamento longitudinal, inclusive superando eventuais problemas relativo a própria margem de tolerância aceitável (imperceptível a olho nu), bem como permite o escoamento mesmo quando pequenas barreiras são encontradas, como terras e areias soltas sobre o pavimento que criam obstáculos. 

Não havendo a possibilidade de atingir este caimento mínimo, muito comum nos encaixes do loteamento com ruas existentes, por exemplo, recomendamos um cuidado maior com o projeto de drenagem, garantindo pontos de captação de águas (bocas de lobo) em locais estratégicos e com maior proximidade entre um ponto e o subsequente nestes trechos específicos. Não obstante este cuidado com o projeto, recomendamos maior cautela durante a execução destes trechos, e, novamente, a topografia deverá garantir a alocação das bocas de lobo, não apenas conforme o projeto, mas conferir e até alterar sua alocação de projeto, para evitar erros comuns de serem acometidos, exatamente pelo desafio de execução de uma declividade muito baixa, lembrando também que essa declividade deve ser uniforme, e qualquer “barriga” mínima, e novamente imperceptível a olho nu, poderá causar um empoçamento de água de chuva. 

Convém lembrar que a metodologia utilizada ainda é essencialmente “artesanal”, por meio de patrol e “correr linha” que é o termo utilizado para o trabalho do “greidista”, profissional que corre a linha marcada pela topografia entre uma estaca e outra para aferir a execução conforme o projetado, muito embora hoje já existam equipamentos a laser para minimizar este tipo de erro. 

Já para as declividades transversais, recomendamos o mínimo de 3% para garantir velocidade para que a água corra para o bordo da rua, encontrando rapidamente uma boca de lobo, que deve ser alocada preferencialmente antes dos cruzamentos e encaixes de ruas, evitando a formação futura de “trilhos ou canaletas forçadas” devido a pressão dos veículos sobre as águas que correm nos encontros de duas ruas. Observamos que em loteamentos com declividade menor que 3%, ainda que permitam o escoamento tranquilo para o bordo, pode causar o escoamento preferencial no sentido longitudinal do que transversal, correndo o risco de uma água não ser captada na primeira BL a sua frente, devido a lentidão de escoamento transversal. É comum observar a água correndo no meio da rua, mesmo existindo uma BL no bordo, exatamente devido a falta ou baixa declividade transversal da rua.